ENERGIAS
RENOVÁVEIS
As energias
renováveis são fontes inesgotáveis de energia obtidas da
Natureza que nos rodeia, como o Sol ou o Vento. Estas energias podem ser:
• Energia Solar A
energia do Sol pode ser convertida em electricidade ou em calor, como por
exemplo os painéis solares fotovoltaicos ou térmicos para aquecimento do
ambiente ou de água;
• Energia Eólica A
energia dos ventos que pode ser convertida em electricidade através de turbinas
eólicas ou aerogeradores;
• Energia Hídrica A
energia da água dos rios, das marés e das ondas que podem ser convertidas em
energia eléctrica, como por exemplo as barragens;
• Energia
Geotérmica A energia da terra pode ser
convertida em calor para aquecimento do ambiente ou da água;
A integração de energias renováveis nos
edifícios é um desafio para o qual o objectivo é conceber um edifício eficiente
que permita a incorporação de um sistema que capte a energia e a transforme
numa fonte de energia que seja útil para o edifício. Na realidade a colocação
de, por exemplo, painéis solares na cobertura do edifício não é por si só uma
medida eficiente de energia, pois se não tivermos em conta a eficiência do
edifício esta pode nem ser suficiente para comportar a energia, por exemplo, da
iluminação quanto mais do resto dos sistemas. Daí a importância da integração
dos sistemas de energias renováveis em edifícios eficientemente energéticos que
até esse ponto esgotaram todas as possíveis estratégias de design passivo na
sua concepção ou que na sua reabilitação foram tidas em conta medidas de
reabilitação energética e de eficiência energética.
Os incentivos à utilização de energias renováveis e o grande interesse
que este assunto levantou nestes últimos anos deve-se principalmente à
consciencialização da possível escassez dos recursos fósseis (como o petróleo) e da necessidade de redução das
emissões de gases nocivos para a atmosfera, os GEE (Gases de
efeito de estufa). Este interesse deve-se em parte aos objectivos da
União Europeia, do Protocolo de Quioto e das preocupações com as alterações
climáticas.
A utilização das energias renováveis,
como por exemplo os painéis solares térmicos e fotovoltaicos, para a produção
de calor e de energia eléctrica a partir do aproveitamento da energia solar, é
uma forma para a qual Portugal dispõe de recursos de grande abundância,
comparando a disponibilidade de horas de Sol por ano com outros países da União
Europeia. No entanto, estes devem ser tidos como complementos à arquitectura dos edifícios que
não devem descurar o aproveitamento de estratégias de design passivo, como o
uso da orientação solar, da ventilação natural, da inércia térmica e do
sombreamento, entre outras. Estas estratégias são uma solução bastante
vantajosa devido ás condições climatéricas favoráveis para a obtenção de uma
maior sustentabilidade nos edifícios em Portugal.
A promoção da Eficiência Energética e
a utilização de energias renováveis em edifícios tem sido feita pela revisão e
aplicação de Regulamentos, como o RCCTE e o RSECE, e pela aprovação da criação
de um Sistema de Certificação Energética, visando a redução dos consumos de
energia e correspondentes emissões de CO2. Pois o sector dos edifícios nos
consumos médios anuais de energia em Portugal representam, de acordo com dados
do início da década de 2000 da DGE, cerca de 22% do consumo em energia final do
país, onde nas grandes cidades este número sobe para 36%. Estes números têm
vindo a aumentar cerca de 3,7% no sector residencial e 7,1% no sector dos
serviços.
A energia eólica está crescendo à taxa de 30% ao ano, com uma produção
mundial em capacidade de 158 gigawatts (GW) em 2009, e é amplamente utilizada
na Europa, Ásia e Estados Unidos. No final de 2009, a Energia Fotovoltaica a
nível global cumulativo ultrapassou 21 GW e parques de energia fotovoltaica são
comuns na Alemanha, Portugal e em Espanha. Parques de energia solar térmica
operam nos EUA, Portugal e em Espanha, a mais importante delas é a de 354
megawatts (MW) no deserto de Mojave. A maior instalação do mundo em energia
geotérmica são os Gêiseres na Califórnia, com uma capacidade nominal de 750 MW.
O Brasil tem um dos maiores e mais importantes programas de energia renovável
no planeta, envolvendo a produção de etanol da cana de açúcar, etanol dá 18% de
combustíveis para veículos do país. O gás de etanol existe em muita abundância
nos EUA.
Considerando que muitas iniciativas de energia renovável são em enorme
escala, as energias renováveis aplicadas também são adequadas para as áreas
rurais onde não existe rede elétrica, onde a energia é geralmente crucial no
desenvolvimento humano. Globalmente, cerca de três milhões de famílias recebem
energia a partir de pequenos sistemas fotovoltaicos. As micro hídricas são
usadas em grande escala como aldeias ou municípios. Cerca de 30 milhões de
habitações rurais recebem iluminação e águas quentes feita a partir do biogás.
Fornos que usam a biomassa como fonte de energia são utilizados por cento e
sessenta milhões de domicílios.
As questões climáticas locais apelam para uma mudança de atitude,
juntamente com os preços elevados do petróleo, pico do preço do petróleo, que
só ajudam os governos a aumentar preços, estão fazendo que crescentemente se
crie legislação vital para o uso das energias renováveis, incentivos e
comercialização da mesma.
Custos de produção de energia
renovável já estão à média mundial, inferiores às dos combustíveis fósseis e
parques de energia limpa serão ainda mais competitivos em 2020. Estas são as
principais conclusões de um novo estudo publicado pelo Carbon Tracker
Initiative de Londres.
“Os políticos e os investidores
precisam de questionar os dados dos pressupostos custos de tecnologia, que não
tenham sido actualizados para o processo de descarbonização desencadeado pelo
Acordo de Paris. O planeamento de novas centrais de carvão e gás, utilizando as
taxas de ocupação e cenário de negócios, como se tem vindo a fazer, é uma
receita de activos ociosos para o futuro”, afirmação de um responsável pelo
estudo da Carbon Tracker Initiative, James Leaton.
O relatório final compara os custos
de produção de energia em quatro novas centrais: carvão, gás, energia eólica e
solar. A análise é feita, aplicando um nível de custo de electricidade (LCOE,
sigla em Inglês) em três situações distintas: uma em base de 2016, outra tendo
2016 como cenário actualizado e uma última para 2020 com base em como manter a
temperatura abaixo de 2° C, caminho onde as decisões de investimento tenham em
conta as tendências de descarbonização.
“Esta análise explica por que a
energia renovável é já mais barata na opção para muitos mercados. Esta
tendência é provável que se espalhe com o crescimento da utilização das
energias renováveis, com danos para a economia de combustíveis fósseis”,
afirmou Paul Dowling co-autor do relatório.
Fonte: http://www.xn--energiasrenovveis-jpb.com/
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